Um para um

Nessa noite o meu clube venceu. Nessa noite o olhar colectivo violou a intimidade da morte. Apenas vi uma mão inerte, estendida, que recebia o céu estrelado. Os movimentos ritmados do médico sobre o peito da vítima assemelhavam-se estranhamente ao pulsar sexual, mas aquela era uma relação com o Universo, as galáxias, as estrelas, as árvores ou os paralelos da rua. Seria mesmo o criador que insuflava ar na alma dorida de um corpo estendido. Os adeptos trocaram de camioneta, o mundo não parou de rodar e o meu clube venceu.

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