A minha república por um telemóvel



Um dos candidatos à Presidência da República afirmou não ter telemóvel. Isto quer dizer que há hipóteses do único Português sem telemóvel ser Presidente. Salve-se o facto de nessa altura já ter meia dúzia de assessores com dois ou três destes equipamentos. Como se sabe, o Português tem uma relação íntima com o seu telemóvel e o dos outros (alguém perdoa que não se atenda?), ou será com ele próprio? Quando alguém liga, o mundo para de girar, pois alguém quer Falar-LHE! Pode ser um parente próximo hospitalizado de urgência, embora, felizmente, seja quase sempre um filho a pedir uns Euros extra. O Português pode estar no seu leito de morte, a levar a extrema unção do próprio Papa, que se a morte vier por telemóvel, ele atende. Mas não pensem que sou irredutível contra estes equipamentos. Nada disso. Há milhares de sopas quentinhas, feitas na hora, salvas graças a estes "nossos amigos"!

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