O avião das 06h00





Após alguns concertos em Portugal, que não incluiram a cidade do Porto (Guimarães), o "meu amigo" Neil Hannon, foi empacotado num vôo da Ryanair (liberdade poética) para se apresentar em pleno palco do queimódromo. Foi um claro dilema moral que se me apresentava: Ignorar o concerto do Mr. Divine comedy, perto de casa, ou enfrentar a troupe de rapazolas no limiar do coma alcoólico? Ainda bem que decidi ir, pois rapidamente conclui que a arena estava "reservada" a conaisseurs, que empunhavam as letras das músicas em jeito de estandarte. Foi o que motivou o homem para prosseguir, que entre um início de espéctaculo quase às duas da manhã e o batuque enervante das atracções de feira, quase esmoreceu. De nada adiantaram os seus pedido de clemência. "Crazy show", disse. Voltou no vôo das 06h00 (não é liberdade poética). Calculo que tenha passado um Domingo em convalescença. O concerto? só para conaisseurs. É a divina comédia.

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