Águas rasas

A banda é boa e a cerveja não sei (mas tenho pena). A propósito, podem ouvir o último álbum deles (Shallow bed) em versão standard ou acústico, com ou sem cerveja.




Arroz malandro

Parece tratar-se apenas de um prémio diário, por contemplado em sorteio. Por momentos pensei que estava aqui o futuro da segurança social. Porquê "concurso subsídios"? Produto da mente de um marketeer ou de psicólogo?

I need you

Depois de "Wild Go", um dos álbuns mais ouvidos por mim nos últimos tempos, os Dark Dark Dark, têm novo disco: "Who needs who". Esta pode ser uma das melhores bandas do mundo por descobrir. . Fizeram a primeira parte dos "The National", no Coliseu do Porto, mas foram maltratados pelas condições que não lhes foram dadas e pelo frenesim pré-evento. Podia comprar o álbum no iTunes, mas espero pela prova material, já encomendada na CDGO (Ex-Jo-Jo's). I need you. 

A rotunda mágica

The Magic Roundabout é uma rotunda em Swindon, Inglaterra, construída em 1972, onde uma rotunda central é acedida através de cinco exteriores. O fluxo de trânsito é o normal nas rotundas exteriores e o inverso na interior. Independentemente dos gostos, a rotunda tem poucos acidentes e é óptima a debitar tráfego. O melhor, é o seu nome, que advém de uma série televisiva infantil dos anos 60. Humor inglês? Ao verem o sinal da foto, já ficam a saber que, apesar do nome sugestivo, os carros não desaparecem no seu interior. 
Ao cuidado de veredores de trânsito de algumas câmaras municipais. Porque não, em Portugal, a "rotunda Choné"?
  

Equador

Chocolataria Equador. Agora também na rua das Flores, 298. O chocolate é delicioso e o invólucro é arte.

Camarada

Isto é uma Nikita madeirense, feita à base de gelado e vinho branco. Agora pode ser encontrada na baixa do Porto junto às suas primas ponchas (É pr'a poncha). As bebidas são boas, mas eu bebo e fujo, embora haja quem goste.

Lua assassína sobre a Serra do Pilar

.Todos estes anos depois...foi bom passar de "Villiers terrace" para "Break on through" (The Doors) e de "Nothing lasts for ever" para "take a walk on the wilde side" (Lou Reed). Na Serra do Pilar, os Echo & The Bunnymen agradeceram ao Deus do Rock and roll que concede mas exige. A primeira linha de público, junto ao palco há-de passar a mensagem.
P.S. - O homem apareceu no "Plano B" (obviamente de óculos escuros).

Primavera Outono sounds

Jeff Tweedo (Wilco): You gained your money at 7 o'clock (hora a que tinham actuado Yo la Tengo).
Como tudo na vida, nada é perfeito. Mesmo um festival alternativo tem que fazer concessões, e no Primavera sound tal vinha com horas marcadas. Assim a um pôr de-sol Indie (ainda que com excesso de bandas americanas sobre as inglesas), sucediam-se noites mais síncopadas, no pior sentido do termo. Até o público parecia oscilar entre music lovers e outros em que a música (e um festival de música) é pretexto.
Das coisas boas vou lembrar a vista da pradaria até aos palcos, com gente e toalhas de merenda, os estrangeiros que visitaram a cidade, a boa disposição de Rufus, a teatralidade de Mercury Rev, a entrega de Flaming lips, o encantamento de solos de guitarra infinitos dos Yo la Tengo e o profissionalismo de Wilco e Yann Tiersen.
  
A concepção do festival foi brilhante (por vezes senti-me em Coachella) e a organização, profissional, apenas cometeu o erro capital de não ter antecipado o encharcamento do palco principal, que levou ao cancelamento de Death cab for Cutie. A melhorar: nenhuma iluminação nos acessos à zona ajardinada. Quanto ao cartaz, e percebendo a questão comercial, creio que com 4 palcos seria possível criar um reduto "não-dançável", após as 23 horas.
Melhor banda: Yo la Tengo;
Banda que prometo ouvir melhor após o festival: Beach house;
Banda que prometo não ouvir, embora competentes: The XX (M83, nem me dei ao trabalho);
Banda "o que estou aqui a fazer?": The rapture;
Banda "ainda bem que assisti": The Drums;
Banda desconcertante: Other lives;
Banda surpresa: Veronica falls.

Here comes the rain

Dia 3. Chuva. Veronica falls secos e Spiritualized molhados. Os primeiros parecem uma versão entre a candura dos famosos cinco e os pixies, com travos de Sonic Youth. Os segundos são shoe gazeres com raízes no rythm'n'blues. 
A chuva veio trazer o azedo ao doce, fazendo cancelar a banda por quem muitos ansiavam: Death cab for Cutie. 

Rock and roll

O festival Primavera Sound está agora em velocidade de cruzeiro. Um dia mais primaveril, mas com uma noite a arrefecer bastante.
Foi um fim de tarde com uma sequência avassaladora: Other lives, Yo la Tengo (os vencedores da noite, a fazerem lembrar os Velvet Ubderground até numa baterista a cantar em falsete); Rufus Wainright; Flaming lips - Foto - (bom, foi o único a fazer encores num festival com horas marcadas, mas o homem gastou dinheiro em balões, confetti, cheer leaders, gongos luminosos, mãos gigantes que emitiam lasers para uma bola de espelhos e até se apropriou de uma máquina de fumos) e Wilco. Depois foi jantar, tentar chegar aos beach house e deixar os M83 para quem gosta de dançar.    

Esplendor na relva

O Xaramaneco está no Primavera Sounds Porto...
Os palcos principais junto ao lago, paralelos, surgem como grandes naves espaciais, expelindo fumo e luzes, prontas a levar viajantes. Ambiente muito aprazível durante o dia, com o conceito festival de parque, a que as toalhas de merenda esprestaram um toque pitoresco. Muitos estrangeiros. Comida cara e proibição de a levar de casa para o recinto. À noite, a pouca iluminação, o cansaço (alguns) e a multiplicação de lixo (copos de cerveja) mostram o lado menos romântico.   
Musicalmente, dia 1 marcado pelas actuações de The Drums e muito especialmente por Mercury Rev. Yann Tiersen e Suede cumpriram. Vamos ao 2o.

"The horror"

Este é o momento em que é tarde demais. Falcão já inverteu o movimento e toda a acção está irremediavelmente descompensada. Podia ser arte renascentista, podia ser "Guernica", podia ser um frame do "Apocalypse now",
Dirão alguns, que mesmo neste jogo, houve um golo mais bonito, mas apetece-me que seja este. Super slow motion em HD. Não é futebol, é a vida.
(Clickar na foto para maior definição).
Final da Liga Europa - 9 Maio 2012 -- Bucareste - At.Madrid-At.Bilbao - 2-0 - Falcão.

A criação de Adão

O modo como Miguel Ângelo enquadra toda a cena é esplendoroso. A figura humana tenta alcançar Deus num eterno esforço inconsequente. Na mesma cena, as emoções irradiam do arrebatadoramente doloroso ao dolorosamente glorioso. Os músculos ainda retesados dos defesas contrastam com a graça  do movimento do rematador. Este é o motivo pelo qual se fez o renascimento.
(Clickar na foto para maior definição).
Final da Liga Europa - 9 Maio 2012 -- Bucareste - At.Madrid-At.Bilbao - 2-0 - Falcão. 

Um para um

Nessa noite o meu clube venceu. Nessa noite o olhar colectivo violou a intimidade da morte. Apenas vi uma mão inerte, estendida, que recebia o céu estrelado. Os movimentos ritmados do médico sobre o peito da vítima assemelhavam-se estranhamente ao pulsar sexual, mas aquela era uma relação com o Universo, as galáxias, as estrelas, as árvores ou os paralelos da rua. Seria mesmo o criador que insuflava ar na alma dorida de um corpo estendido. Os adeptos trocaram de camioneta, o mundo não parou de rodar e o meu clube venceu.
Festival de música Primavera sounds STOP Porto (parque da cidade) STOP Relva  STOP Bandas indie STOP Cerveja STOP 4 dias STOP Não digas que não avisei STOP STOP  

Corpo e alma


Kendra Smith - Heart and Soul (Joy Division)